#68 O líder integral e vital para os novos tempos
Muito tem se estudado sobre qual é o perfil ideal do líder atual. A academia busca essa máxima, mas não tem o resultado esperado. Muitas disciplinas ministradas no primeiro ano podem estar obsoletas no final do curso. E o próprio curso que não desenvolve estratégias para se reinventar também não atinge sua máxima performance. Sabemos de doutores que se formaram na década de 70 e até hoje possuem a mesma sistemática em sala de aula, achando que não interessam as revoluções tecnológicas e não interferem em seu conteúdo. Que as novas formas de gestão, novos ambientes de negócios e o novo perfil de público muito mais conectado, não interferem na forma de repassar o conhecimento. Com a informação acelerada, com o surgimento de novas empresas com valores incalculáveis e diante dessa ruptura latente, o líder é um agente de transformação que precisa acompanhar.
A liderança tem total sinergia a mudança dos negócios. Observe a transformação dos negócios que estão acontecendo ao nosso redor. O Uber que surgiu com uma proposta diferente e inovadora no transporte de pessoas e praticamente quebrou a frota de táxis em todo o mundo. A Netflix que revolucionou a forma de assistir filmes e séries, quebrando as videolocadoras. Spotify no segmento de músicas considerado o maior acervo de músicas do mundo. O WhatsApp causou calafrios nas grandes marcas de telefonia. E muitas outras marcas que chegaram com uma proposta inovadora e saindo do convencional. Muitas outras estão chegando com força total e uma que não podemos deixar de citar são os carros elétricos da Tesla. Mas aonde entra o líder nessa revolução? Entra com sua dinâmica de potencializar para seu negócio e para sua equipe.
A revista Forbes apontou algumas qualidades que fazem do líder, um agente de transformação e atitudes inovadoras dentro de seu negócio:
Mais humano e conectado com as pessoas;
Inspirador contribuindo para novas práticas internas;
Humilde desde com o cargo mais elevado até a zeladora;
Intuitivo e preparado para os novos tempos e desafios;
Está comprometido com a empresa e sua equipe;
É confiante e transmite essa máxima para todos os envolvidos;
É comunicativo e não deixa ruídos interferirem em sua equipe;
Tem a habilidade para delegar funções e fazer a equipe compreender o seu papel sem amarrações e podar sua criatividade;
Valoriza as grandes e as pequenas conquistas e comemora junto com sua equipe;
A licitude está em seu DNA. Não compactua com “dar um jeitinho”;
São habilidades que os líderes precisam cultivá-las constantemente e atentos as mudanças tecnológicas e comportamentais dentro de suas organizações. Se na década de 70 o líder da Kodak tivesse visão de futuro, teria lançado a máquina fotográfica digital antes dos concorrentes. Hoje talvez continuaria uma potência no segmento. Se a Sony ao lançar o Walkman em 1979 tivesse investido em tecnologia nos próximos anos, teria a “sacada” que a Apple teve em 2001 no lançamento do Ipod. Mas aonde entram os líderes com essa visão sistêmica, inovadora e com a disruptura tecnológica? Ousados, inspiradores e visionários. Não são características comuns para os líderes ao nosso redor. Estar acima da média requer muito estudo, equipe alinhada com os propósitos e competências para liderar com visão de futuro, foco na inovação e DNA estratégico.
Vanderlei P. Correia é gerente executivo do Senac de Pato Branco e Palmas. Formado em Administração com Pós-graduação em Marketing nas Organizações, Pós-graduação em Recursos Humanos, Pós-graduação em Comunicação Estratégica e Redes Sociais e MBA em Gestão Industrial. Atuou como consultor credenciado do Sebrae durante 9 anos. Foi sócio da empresa Aliados Comunicação e Marketing e estudou na Universidade Politécnica de Valência na Espanha em 2018. Atualmente está cursando Pós-graduação em Gestão Contábil e Financeira.