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#69 Transformação da minha vida pessoal e profissional através do Mindset

Você já deve ter se perguntado. Será que consigo? Sou um vencedor ou um perdedor? Por que as coisas dão sempre erradas? Sou um idiota mesmo...A negatividade é uma constante para muitas pessoas que se sentem fracassadas e desnorteadas por não conseguirem um rumo diferente em suas vidas. Chamamos de Mindset fixo, enfatizando a negatividade em nossas vidas. Para a autora Carol Dweck o Mindset de crescimento são aquelas pessoas que acreditam que as habilidades podem ser desenvolvidas por meio de muito trabalho, boas estratégias e orientação. É uma ferramenta importante que desperta todo o nosso potencial.

Desde criança venho me questionando se sou um vencedor ou um perdedor profissionalmente e pessoalmente. Ou por baixa autoestima ou por não ter alguém que direcione minhas ações desde cedo e com isso a auto cobrança vai se tornando inevitável. Após a morte do meu pai no início da década de 80, meus irmãos começaram a sair de casa. E eu com 9 anos tive algumas lições e uma delas foi uma frase que me marcou muito antes do meu irmão sair de casa e ir morar no Mato Grosso. “Mano, não tenha vícios, nunca pare de estudar, seja uma pessoa honesta e cuide de nossa mãe”. Mesmo com 9 anos de idade lembro-me das minhas responsabilidades em casa e uma delas era trazer pelo menos um alimento ou uma carteira de cigarro por dia através do trabalho que realizava engraxando sapatos no centro da cidade. Lembro-me como se fosse hoje que para engraxar vários sapatos durante o dia precisava ter alguns diferenciais. Com o meu paninho de lustrar os sapatos após passar a graxa da marca Nugget tinha a habilidade de tocar um “sambinha” para o cliente. Algo que poucos sabiam fazer pois tinha que ter muito treino. Meu ponto de engraxate era em frente a um bar ao lado do cinema e o maior momento acontecia antes das sessões. Estudava no período da manhã e à tarde pegava minha caixinha de sapatos e ia até meu ponto trabalhar. Logo depois fui entregador de jornal para a única banca de jornal e revistas que existia na cidade. Entregava o jornal Gazeta do Povo nos estabelecimentos comerciais e residenciais na cidade de Coronel Vivida PR. Hoje a Gazeta do Povo existe somente via internet. A responsabilidade na entrega era imensa, pois na segunda-feira acumulava os exemplares de sábado e domingo. O jornal de domingo pesava mais de um quilo de tanto conteúdo.

Ao fazer um bom trabalho, o proprietário da banca de jornal também era diretor de uma rádio AM e foi onde surgiu a oportunidade de trabalhar como operador de áudio na Rádio Vicente Pallotti da mesma cidade. Trabalhava aos sábados das 13h às 22h e aos domingos das 6h da manhã às 13h. E em pouco tempo já estava trabalhando durante a semana das 6h da manhã às 12h na mesma função de operador de áudio (o locutor ficava do outro lado do vidro e eu comandava todos os instrumentos da época (Akai, cartucheira, picape para os discos de vinil e mesa de som). Parecia uma “nave espacial” e me sentia feliz e meio assustado com tanta responsabilidade, pois não podia errar em momento algum. Era um sincronismo entre as propagandas, locutor e as músicas. Aos poucos fui praticando datilografia e locução. “Pegando” as dicas e macetes dos locutores da Rádio, sendo naquela época Ricardo Lessa, Remi (redator), Osni, Michael Dutra, Gilmar Barros, entre tantos outros. Logo estava fazendo um programa aos domingos à noite e comandando o Show da Tarde das 15h às 17h de segunda à sexta-feira. Essa época na Rádio Vicente Pallotti AM foi de 1986 a 1990. Em paralelo continuava os estudos e fui Presidente do Grêmio Estudantil do Colégio Arnaldo Busato, sendo eleito Jovem Personalidade Destaque do Município. Ao abrir uma nova emissora na cidade, fui convidado a fazer parte da equipe em 1990 da Rádio Voz do Sudoeste onde permaneci até 1991. Bons tempos aqueles. Sintonizava a Rádio Guaíba às 6h30 da manhã e gravava o programa de jornalismo Correspondente Renner. Transferia o conteúdo gravado para texto com uma máquina de datilografia da marca Olivetti. Sendo o conteúdo para o jornalismo local após as 7h da manhã. Naquela época o jornal chegava após às 9h da manhã e não tinha conteúdo atualizado para disponibilizar aos ouvintes logo cedo. A única forma era gravar as principais rádios de notícias que conseguíamos sintonizar. Rádio Gaúcha ou a Guaíba AM do Rio Grande do Sul. Aproveitava também conteúdo da Voz do Brasil veiculado no dia anterior. Trabalhava como redator de notícias e locutor. Em 1991 pedi demissão da Rádio Voz do Sudoeste e fui morar na Casa do Estudante Universitário CEU, em Curitiba. Meu sonho sempre foi fazer a faculdade de jornalismo e a única opção era continuar estudando. Em Curitiba também trabalhei em rádio, mas isso é uma outra história que estarei contando na sequência.

Mas em relação ao Mindset onde essa pequena história se faz presente? Mindset fixo ou de crescimento? Quando comecei a estudar esse novo modelo que estuda o comportamento humano, percebi que apenas habilidade e talento não são suficientes e que o Mindset tem um impacto no sucesso das pessoas. Ao longo dos anos estamos superando desafios, barreiras e construindo nossa história. Somos dotados de uma capacidade imensa, porém muitas vezes não nos damos conta disso. Quando evidenciamos o Mindset de crescimento percebemos que podemos chegar a grandes resultados e mudar o nosso rumo com esforço, assertividade e resiliência. Mas como potencializar isso a nosso favor? Se existe algo que você ainda não fez e sempre quis fazer, ainda dá tempo se você fazer planos e coloca-los em ação. Já o Mindset fixo limita nossas realizações, nos bloqueia e não impulsiona em nossa realização efetiva. Digo que o crescimento em nossas vidas deve ser uma constância. Aquela máxima da filosofia japonesa da Melhoria Contínua também devemos levar em nossas vidas. Nem que seja um pouquinho todos os dias. Isso gera transformação, crescimento e visão ampla de tudo o que nos cerca.

Como diz aquele velho ditado “Vivendo e aprendendo...”. Ser curioso, buscar entender o Universo, as pessoas, as coisas, as obras, as respostas para nossas dúvidas. O Mindset de crescimento gera em nós uma energia juntamente com uma vontade imensa de buscar mais, seja em nossas potencialidades ou no aprimoramento constante. O fato das pessoas terem o conhecimento do Mindset de crescimento já é capaz de causar uma grande mudança na forma pela qual as pessoas pensam em si mesmas e em suas vidas.

Vanderlei P. Correia é gerente executivo do Senac de Pato Branco e Palmas. Formado em Administração com Pós-graduação em Marketing nas Organizações, Pós-graduação em Recursos Humanos, Pós-graduação em Comunicação Estratégica e Redes Sociais e MBA em Gestão Industrial. Atuou como consultor credenciado do Sebrae durante 9 anos. Foi sócio da empresa Aliados Comunicação e Marketing e estudou na Universidade Politécnica de Valência na Espanha em 2018. Atualmente está cursando Pós-graduação em Gestão Contábil e Financeira.

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