#71 Nossas empresas e a superação em meio à crise
Segundo Millôr Fernandes “Tudo passa. Chuva passa, tempestade passa, até furacão passa. Difícil é saber o que sobra.” Nesses dias incertos que geram ansiedade, ânimos alterados e esperança esvaecendo, nos resta esperar. Empresas fechadas, sem venda, sem funcionários, sem qualquer movimento...Só na expectativa até a pandemia passar. Mas vai até quando? Agora sabemos o que é mais devastador e jamais visto nesta geração. Não é a guerra, não é a crise, não é o governo, muito menos economia fraca. É algo muito maior, muitas vezes sem saber ao certo como proceder diante do novo, que devasta, que mata, que assusta invisivelmente.
Sartre já dizia que o “Pior mal é aquele ao qual nos acostumamos”. Diante dos indicadores, das notícias cruéis e devastadoras, precisamos tirar forças para não desistir, mas sim, enfrentar o agora e o amanhã, com inteligência emocional, estratégia como se fosse para a guerra, determinação de vencedor, sem perder a esperança. Shakespeare nos inspira com sua mensagem “Quando o barco está calmo, todo barco navega bem”, mas quando a tempestade vem? Estamos efetivamente preparados? Determinados para vencer a batalha? Sabemos que as pequenas empresas no Brasil, representam a força motriz que impulsiona nossa economia.
São 20 milhões de empreendimentos e desses mais de 70% são pequenos negócios. Pouco ou nenhum capital de giro, vivem no limite pelo enorme encargo tributário e uma legislação trabalhista arcaica não contribuindo para o crescimento dessas empresas. Segundo economistas, as pequenas empresas conseguem permanecer fechadas por no máximo 40 dias. Após decretam falência e fecham as portas. Se forem demitir não conseguem nem pagar os 40% da multa do FGTS. Imagine o valor do aluguel, fornecedores e tributos.
Se for para encontrar adjetivos para o pequeno empresário, podemos dizer que ele é um “sobrevivente”, esperançoso, corajoso, até mesmo maluco em tentar gerir seu negócio por aqui. Sem demagogias, mas realista na situação em que se encontra nosso País, podemos afirmar que a saída ainda está distante, a luz no final do túnel é um grão de arroz que vai demorar para transpor. O triste é quando pessoas e empresas morrem. Sendo esse o cenário que iremos enfrentar nos próximos dias. Esperançosos sempre, fracassados nunca...Albert Einstein, me meio a Segunda Guerra Mundial, já nos afirmava que “ A vida é como andar de bicicleta. Para ter equilíbrio você tem que se manter em movimento...” Gerações vem e vão, crises também não são diferente, mas o que precisamos entender é que em cada momento vamos ter uma lição diferente e podemos aprender muito com isso. Diante dessa pandemia devastadora não é diferente, vamos sofrer, nos reerguer e continuar nossa jornada. Desistir nunca...
Vanderlei P. Correia é gerente executivo do Senac de Pato Branco e Palmas. Formado em Administração com Pós-graduação em Marketing nas Organizações, Pós-graduação em Recursos Humanos, Pós-graduação em Comunicação Estratégica e Redes Sociais e MBA em Gestão Industrial. Atuou como consultor credenciado do Sebrae durante 9 anos. Foi sócio da empresa Aliados Comunicação e Marketing e estudou na Universidade Politécnica de Valência na Espanha em 2018. Atualmente está cursando Pós-graduação em Gestão Contábil e Financeira.